Cuidados pré operatórios:
- Levar artigos de higiene pessoal.
- Levar todos os exames ao hospital no dia da cirurgia.
- Jejum de 8 horas antes da cirurgia para sólidos e líquidos.
- Tomar banho antes de ir ao hospital.
- Preferencialmente chegar ao hospital com 2 horas de antecedência.
- Não tomar medicamentos que contenham ácido acetil salicílico ( por exemplo: AAS, Aspirina, Buferin ou Melhoral ), ginkgo biloba ou anticoagulantes por uma semana antes da cirurgia.
- Para as mulheres, certificar-se de não estar grávida.
- Informar a equipe médica sobre alergias, medicações em uso e doenças associadas.
- Seguir orientações específicas do seu médico assistente para doenças associadas como diabete, pressão alta, epilepsia, cardiopatia, coagulopatia, vasculopatia …
Tipo de anestesia
A anestesia geral é a utilizada pela grande maioria dos médicos. Poucos serviços utilizam a anestesia local e não foi demonstrado nenhum benefício em relação a anestesia geral, que é mais segura e confortável para o paciente.
Tempo de Internação Hospitalar
É claro que diversos fatores como tipo de cirurgia, complicações clínicas do paciente e evolução pós-operatória influenciam no tempo de internação. Se não houver nenhum problema, a média de internação é de 1 a 2 dias.
Dreno
O local que foi operado produz uma secreção sanguinolenta que é drenado por um mecanismo de aspiração à vácuo, o dreno. Este dreno normalmente está localizado abaixo da incisão cirúrgica e permanece até o momento que o paciente for de alta. Quando o dreno é retirado, é normal que fique saindo um pouco de secreção sanguinolenta pelo orifício do dreno, que vai diminuindo progressivamente até o orifício fechar sozinho, o que dura por volta de 2 dias. Enquanto isso um curativo com gaze e micropore deve ocluir o local, e deve ser trocado quando fica sujo de sangue, no mínimo 1 vez ao dia.
Curativo
A incisão de tireoidectomia fica coberta por um curativo usando gaze e micropore ou apenas micropore. Este curativo tem uma tripla função: proteger a incisão de bactérias e sujeiras, servir como pontos falsos auxiliando no resultado estético da cicatriz e proteger do Sol (marca a cicatriz).
Cuidados pós operatórios:
- Consulta de retorno após a cirurgia para cuidados específicos e com outros especialistas se necessário.
- Não realizar esforço físico por15 a30 dias. Deve-se evitar atividades como carregar peso, ginástica, correr ou atividades domésticas onde haja utilização de força. Este cuidado visa diminuir o aparecimento de inchaço e possível sangramento no leito cirúrgico. Isto não quer dizer que haja necessidade de repouso no leito. É permitir andar, subir escadas, desde que com moderação.
O paciente pode movimentar o pescoço já nos primeiros dias depois da cirurgia, mas deve evitar traumas na região.
- Manter a ferida operatória limpa e seca.
- Proteger a ferida operatória da luz, principalmente do Sol por pelo menos 4 meses.
- Em caso de emergência dirigir-se à emergência do hospital em que foi operado ou o mais próximo da residência, levando a nota de alta hospitalar.
- Os pontos normalmente são retiradas 7 a15 após a cirurgia.
- Não há restrições alimentares específicas para a cirurgia de tireóide. O paciente pode sentir um pouco de dor ao engolir no dia da operação, recomendando-se uma dieta leve. No dia seguinte , este incômodo é bem menor e normalmente está liberada uma dieta geral, respeitando-se as restrições de antes da cirurgia, como dieta para diabéticos e hipertensos.
Medicações:
Analgésicos:
A cirurgia evolui com pouca dor, normalmente paracetamol é suficiente para analgesia.
Antiinflamatórios:
Alguns pacientes necessitam complementação com antiinflamatório para controle da dor
Cálcio:
Pode ser necessário o uso de cálcio, principalmente após cirurgia de tireoidectomia total. Ele é prescrito para evitar ou tratar os sintomas desagradáveis da hipocalcemia, como formigamentos e câimbras. São utilizados quase sempre temporariamente, e serão retirados conforme a função das glândulas paratireóides se restabelecerem.
Reposição Hormonal:
Não há pressa para se iniciar a reposição de hormônios tireoidianos pois o nível de levotiroxina demora a cair da circulação sanguínea. Normalmente é iniciado após o recebimento do exame anátomo-patológico.
Iodo radioativo.
É indicado como tratamento complementar nos pacientes com câncer de tireóide após a tireoidectomia total. É necessário que o paciente esteja em hipotireoidismo e portanto só ocorrerá após cerca de 30 dias que o paciente está sem reposição hormonal tireoidiana. Há também uma rigorosa dieta a ser seguida e também é necessário evitar contato com qualquer substância que contenha Iodo em sua composição.
Para o tratamento, dependendo da dose, pode ser necessário internação hospitalar de 3 dias em regime de isolamento porque apos a ingestão da dose de iodo radioativo, são necessárias medidas para evitar a contaminação ambiental e de pessoas próximas, pois a radiação é eliminada pela pele, urina e fezes.
Felizmente este tratamento apresenta poucos efeitos colaterais e em geral são bem tolerados. Sensações como alteração do paladar e inflamação nas glândulas salivares podem ocorrer.