As principais razões para se realizar uma tireoidectomia são: tratamento de câncer, suspeita de malignidade, compressão de estruturas cervicais, hipertireoidismo refratário a tratamento clínico, estética e nódulos que apresentam crescimento constante.
Tumor da tireóide comprometendo a traqueia.
Uma cirurgia bem realizada é o mais importante passo na cura do câncer de tireóide, evitando também seqüelas nos casos de nódulos benignos.
A cirurgia sobre a tireóide passou por várias fases:
Em 1886, o cirurgião Samuel Gross disse: “-Não é possível operar a tireóide. Se um cirurgião for bastante audaz para provar-se, todo o seu passo será seguido de uma torrente de sangue e ele poderá considerar-se feliz se sua vítima viver o bastante para permitir-lhe esta autêntica obra de carniceiro. Nenhum cirurgião honesto e sensível se aventuraria mais com uma coisa deste gênero.”
Porém as técnicas cirúrgicas e anestésicas foram melhorando e 23 anos depois ( em 1909) Theodor Emil Kocher foi agraciado com o Prêmio Nobel de Medicina por seus trabalhos sobre cirurgia da glândula tireóide.
William Halsted escreveu em seu tratado sobre cirurgia da tireóide no ano de 1920:”-a extirpação da glândula tireóide no tratamento do bócio tipifica, talvez, melhor do que qualquer outra operação, o triunfo supremo da arte do cirurgião.”
Hoje o avanço da técnica e do material cirúrgico permite que cirurgiões especializados realizem tireoidectomias com mínimas sequelas e em alguns casos com técnica minimamente invasiva (mini-incisões com 2 à 4 cm ).
Todo procedimento médico implica em alguns riscos, portanto uma cirurgia só deve ser indicada quando os benefícios ( atuais ou futuros) superam os riscos potenciais.
Os principais riscos cirúrgicos estão exemplificados na tabela abaixo, embasados na literatura mundial14,15,16,17,18, 19, 20, 21, 22 e na experiência pessoal do Dr. Daniel Sperb em tireoidectomias.
Dr. Daniel Sperb em tireoidectomias.
Intercorrências | Dados da literatura | Dados da experiência pessoal | Pacientes |
Obs.: disfonia significa rouquidão | ( bons centros de cirurgia) | até 12/03/2021 | 1015 |
Disfonia definitiva ( lesão permanente do nervo da voz) | 0,6 à 2% | 0,09% | 1 |
Disfonia transitória | 1,2 à 2,4% | 1,77% | 18 |
Disfonia após re-tireoidectomia | 10% | 0% | 0 |
Paralisia de prega vocal sem disfonia ( assintomática) | 0,03 à 4% | 0,09% | 1 |
Disfonia por ressecção do nervo devido invasão tumoral | 0 a 11,1% | 1,18% | 12 |
Hipoparatireoidismo definitivo (necessidade de cálcio ) | 1,7 à 5,1% | 0% | 0 |
Hipoparatireoidismo transitório laboratorial | 8,3 à 27,5% | 12,31% | 125 |
Hipoparatireoidismo transitório sintomático | 0 à 27,5% | 2,06% | 21 |
Hematomas com necessidade de drenagem cirúrgica | 0,9 à 1,2% | 0,59% | 6 |
Hematomas com tratamento conservador | 0,7% | 0,49% | 5 |
Seromas | 4,7 à 30 % | 0,68% | 7 |
Quelóide na ferida operatória | 5% | 4,13% | 42 |
Lesão térmica da pele | 14,3% | 0,19% | 2 |
Laceração traqueal pelo tubo da anestesia | 0,005% | 0,09% | 2 |
Infecção da ferida operatória | 0,3 à 2,2% | 0,09% | 1 |
Fístula linfática | 0,2% | 0,19% | 2 |
Infarto agudo do miocárdio | sem dados precisos | 0% | 0 |
Tromboembolismo pulmonar | 0,46% | 0,09% | 1 |
Traqueostomia | 0 a 13% | 0,19% | 1 |
Acidente vascular cerebral | sem dados precisos | 0% | 0 |
Mortalidade | 0,04% | 0% | 0 |
Os bons resultados do quadro acima não são garantia de que não possam haver intercorrências em cirurgias futuras, são, porém, garantia que o Dr. Daniel Sperb realiza cirurgias individualizadas com toda a dedicação, cuidado, conhecimento e carinho com o objetivo que o paciente volte à sua vida normal curado e contente.
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